TESOUREIRO DO PCC É EXECUTADO A TIROS EM ATIBAIA


"Luiz Conta Dinheiro" foi morto a tiros em São Paulo no mesmo dia em que obteve autorização para saída temporária da prisão; ele havia relatado estar sendo ameaçado de morte.




Luiz dos Santos Rocha, também conhecido como "Luiz Conta Dinheiro", foi vítima de um ataque fatal em São Paulo na última terça-feira (12/3). Ele estava cumprindo pena por porte ilegal de arma de fogo desde 2019, quando a Polícia Militar encontrou três armas, incluindo um fuzil, e drogas em seu apartamento na cidade de Atibaia, interior de São Paulo.


Identificado como o tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região, Luiz dos Santos Rocha admitiu, segundo informações confirmadas por fontes policiais sob sigilo, que as armas apreendidas durante sua prisão eram destinadas à sua proteção, alegando ter tido um conflito interno na organização criminosa.


A morte de Luiz dos Santos Rocha se soma a pelo menos outros dois indivíduos ligados ao PCC que foram recentemente assassinados, em meio à guerra interna desencadeada após uma divisão na facção criminosa.


No mesmo dia do homicídio de Luiz, Cristiano Lopes da Costa, conhecido como Meia Folha, também foi morto a tiros no Guarujá. As autoridades policiais o identificaram como um dos líderes do PCC na região litorânea paulista.


Segundo testemunhas, o assassino se aproximou de uma lanchonete em uma moto e disparou várias vezes contra Meia Folha, sem descer do veículo. Um ex-vereador que estava presente no local foi atingido por seis tiros e encontra-se hospitalizado.


No dia 25 do mês passado, Donizete Apolinário da Silva foi vítima de um atentado a tiros em Mauá, na região metropolitana de São Paulo.


Esse homem, de 55 anos, era conhecido por ser um aliado do líder supremo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, e membro da alta cúpula da facção conhecida como "Sintonia Final".


A principal razão por trás do atual conflito interno na facção foi o vazamento de uma conversa entre Marcola e agentes penitenciários federais na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Na ocasião, o líder do PCC descreveu o número 2 na hierarquia da facção, Roberto Soriano, também conhecido como Tiriça, como um "psicopata".


Essa declaração foi utilizada pelos promotores durante o julgamento de Roberto Soriano. O criminoso, atualmente cumprindo pena na Penitenciária Federal de Brasília ao lado de Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado em 2023 a 31 anos e 6 meses de prisão por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.


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