MASSACRE DURANTE CORTEJO FUNERÁRIO NO EQUADOR



  Um novo ataque armado deixou seis mortos e dois feridos nesta quinta-feira em Durán, uma das cidades mais perigosas do Equador, conforme confirmado pela polícia. O evento ocorreu dois dias após as autoridades anunciarem a redução de mortes violentas na mesma cidade.


O ataque aconteceu em um cemitério, onde as vítimas, incluindo quatro com antecedentes criminais, participavam do ato fúnebre de um membro de uma gangue criminosa à qual também pertenciam. Jorge Hadathy, chefe de polícia de Durán, relatou em coletiva de imprensa.


Entre os mortos, está uma pessoa de 74 anos, vítima colateral do ataque, e dois menores de 15 e 16 anos, pertencentes ao grupo no cemitério, seguido por uma gangue adversária, conforme acrescentou o comando da polícia, sem identificar os grupos criminosos envolvidos.


No local, foram encontradas 68 indicações balísticas durante a investigação do Ministério Público, informou Hadathy.


Este incidente violento contradiz as declarações feitas pela manhã pelo presidente Daniel Noboa, destacando uma redução de 40% nas mortes violentas em Durán nos últimos 15 dias. No dia anterior, o comandante da polícia, César Zapata, afirmou que a intervenção de um bloco de segurança reduziu as mortes com violência semanal de 20,5 para 13,7.


Sobre o assunto, Hadathy enfatizou o trabalho realizado com as forças armadas em Durán, permitindo uma contenção sustentada dos atos criminosos, mas admitiu que esse novo ataque "interrompe todo o trabalho que foi feito".


Relatos da mídia local, reproduzindo imagens das redes sociais, revelaram a cena dantesca, com as vítimas deitadas no chão em poças de sangue, enquanto um dos parentes lamentava: "mataram meu irmão".


Segundo os últimos dados públicos do Ministério do Interior, entre janeiro e setembro de 2023, Durán registrou 226 assassinatos, enquanto em todo o país as 5.700 mortes violentas foram excedidas, colocando o Equador entre os mais perigosos da região. O país enfrenta a pior crise de violência de sua história.


Durán tornou-se um ponto estratégico para operações de grupos do crime organizado ligados ao tráfico de drogas, aproveitando suas vias de acesso conectadas ao porto de Guayaquil, de onde grandes remessas de drogas são traficadas internacionalmente, de acordo com as autoridades. Além disso, as organizações criminosas exploram os altos níveis de pobreza e marginalidade da população para recrutar menores e direcioná-los a cometer todos os tipos de crimes.



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