PAI E FILHO SÃO EXECUTADOS A TIROS A CAMINHO DA ESCOLA POR PM NO CEARÁ
O suspeito de cometer o duplo homicídio seria um policial militar
O soldado da Polícia Militar Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça, de 39 anos, tentou fugir de carro e arremessou para fora um embrulho com armas de fogo ao ser abordado por policiais no Conjunto Prefeito José Walter.
Ele foi preso suspeito de envolvimento no duplo homicídio que vitimou Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, e Francisco Gabriel Braúna da Silva, de 13 anos, pai e filho, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza.
Paulo Roberto foi localizado horas depois do crime. Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF), no momento em que uma equipe policial se dirigiu ao condomínio onde ele morava, o soldado estava saindo de carro e “empreendeu fuga em alta velocidade” quando recebeu ordem de parada.
Durante a tentativa de fuga, o PM teria tentado jogar para fora do veículo um embrulho. Somente algumas ruas à frente, Paulo Roberto desceu do carro e foi efetuada a prisão, continua o APF.
Com ele, a Polícia Civil apreendeu a arma funcional do soldado e um valor em espécie. No embrulho foram encontradas ainda duas armas de fogo, uma delas com numeração suprimida e munições. Ao todo, foram apreendidos duas pistola .40, uma pistola calibre 380, uma garrucha calibre 22, além de carregadore
Aos policiais, Paulo Roberto negou envolvimento com o crime, mas assumiu que o material apreendido pertencia a ele. Em depoimento, ele usou do direito de permanecer em silêncio.
Conforme o APF, uma moto usada no duplo homicídio foi identificada por câmeras de segurança e houve testemunho que indicou o autuado como responsável pelo veículo. Paulo Roberto teria levado a moto para ser lavada em um lava jato dias antes do crime.
Além disso, foi encontrada na casa do suspeito roupas que batiam com a descrição feita por testemunhas oculares do duplo homicídio das vestes que os executores usavam.
Em audiência de custódia a qual foi submetido neste sábado, 19, Paulo Roberto teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva. Na decisão, a juíza Sandra Helena Fortaleza de Lima afirmou que os indícios de autoria são "incontestes" e que qualquer outra medida cautelar se mostra "insuficiente" pela "periculosidade com a qual o agente, em tese, teria praticado os delitos imputados".
Também foi deferido o acesso ao conteúdo de dois celulares apreendidos com Paulo Roberto, assim como o afastamento do sigilo telemático de redes sociais mantidas pelo suspeito.
Fonte: O Povo