MULHER É EXECUTADA A TIROS NA ZONA NORTE DE RECIFE
Emmanuelly Carolina, morta a tiros ao sair de um restaurante na Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, era ativista dos Direitos Humanos e prestava apoio a familiares de presos. O assassinato da moça, sob investigação policial, foi registrado por câmaras de segurança do estabelecimento na tarde dessa quinta.
A mulher era a presidente do Canta Liberdade, grupo fundado por ela mesma, e direcionado à prestação de serviço e apoio a familiares de pessoas privadas de liberdade. Frequentemente, a página expõe denúnicias de falta de informação e até agressões a presos em unidades prisionais do estado. Emanuelly, que tem um familiar preso, gerenciava as redes sociais do grupo e também aparecia como a porta-voz desses parentes de forma pública.
Além de denunciar maus-tratos, o Canta Liberdade atuava como canal de informação para essas famílias. Nas postagens, era comum Carol, como era conhecida pelas mulheres que acompanham a página, aparecer fazendo cobranças aos órgãos públicos sobre as condições precárias oferecidas dentro do sistema carcerário.
Recentemente, junto a outras esposas de reeducandos, a militante passou a cobrar o retorno das visitas presenciais nos presídios. Em março, uma publicação denuncia a falta de informações sobre a situação de um reeducando que havia sido agredido no presídio de Itaquitinga.